Justiça americana envia carta a embaixadora na ONU ordenando que peça o reconhecimento do genocídio de cristãos pelo Estado Islâmico, cobrando ações imediatas para a eliminação da perseguição religiosa promovida pelo terrorismo islâmico
O Estado Islâmico tem patrocinado a pior onda de atendados terroristas e perseguição religiosa dos últimos anos, resultando na morte de milhares de cristãos em diversos países do mundo, o que já é considerado pelo Instituto de pesquisa do Seminário Teológico Gordon-Conwell, em Massachusetts, Estados Unidos, um verdadeiro genocídio. Mesmo assim, a ONU tem ignorado descaradamente essa realidade, segundo alerta uma carta do Centro Americano de Direito e Justiça – ACLJ.
Trata-se de um documento enviado para a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, que pede para que a Organização das Nações unidas reconheça o genocídio contra cristãos, assim como de outras minorias religiosas, e tome providências contra o Estado Islâmico:
“Este momento de clareza moral e liderança não poderia ser mais importante. Nossa campanha levou à Assembléia Européia, ao Departamento de Estado dos Estados Unidos e a outras entidades que reconheceram o genocídio.”, diz um trecho da publicação no site oficial da ACLJ, seguido da carta direcionada a Nikki Haley.
“Desde 17 de março de 2016, a posição oficial dos Estados Unidos tem sido que o ISIS está cometendo genocídio contra cristãos e outras minorias religiosas, e nós instamos você a promover essa política oficial dos Estados Unidos nas Nações Unidas.”, diz a carta.
A carta do Centro Americano de Direito e Justiça apela para o compromisso das nações integrantes da ONU com a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, afirmando que é uma obrigação as nações protegerem os povos perseguidos pelo Estado Islâmico, reconhecendo a existência de um genocídio, incluindo o de cristãos:
“É imperativo que as Nações Unidas reconheçam formalmente que as atrocidades cometidas pelos Estados Unidos contra os cristãos, yazidis e outras minorias religiosas e étnicas no Iraque, na Síria e em outros lugares, sejam reconhecidas como genocídio para implicar as obrigações da comunidade internacional de acordo com a Convenção para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio, e a responsabilidade bem estabelecida de proteger as vítimas de genocídio”, diz a carta.
Para a ACLJ reconhecer o genocídio de cristãos, apenas, não basta. É preciso agir para impedir as atrocidades, como “…a decapitação, a escravidão sexual, as crucificações e outras ações malignas tomadas pelo ISIS para intimidar e eliminar os cristãos e outras minorias religiosas da face da Terra.”, acrescenta o documento.
Entre 2005 e 2015, mais de 900 mil cristãos já foram mortos em todo mundo, simplesmente por não negarem a fé em Jesus Cristo, resultando na maior onda de perseguição religiosa das últimas décadas. Apesar disso, a ONU, assim como os grandes veículos de notícia, continuam desprezando a realidade de um genocídio que está à nossa porta.
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