segunda-feira, 8 de abril de 2013
Missionários brasileiros presos no Senegal conseguem a liberdade provisória
Eles estavam com prisão temporária decretada por acusação de tráfico de menores e formação de quadrilha. O julgamento foi realizado em Dakar, capital do país. O caso está tendo o apoio da Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (ANAJURE). As instituições Religious Liberty Partnership (RLP) e Advocates International também fizeram um trabalho conjunto pela liberdade dos missionários. Elas atuaram na instrução jurídica ao advogados locais.
O Habeas corpus julgado pela Corte de Apelação de Dakar concedeu a liberdade provisória pelo prazo de 30 dias. Neste período deve acontecer o julgamento definitivo do processo. “A ação teve a participação decisiva da Associação Nacional de Juristas Evangélicos – ANAJURE, que instruiu e forneceu documentação necessária ao advogado local, dr. Mbaye Dieng, designado para cuidar do caso”, informou a ANAJURE.
José Dilson e Zeneide passarão a cumprir as obrigações decorrentes de sua liberdade provisória. Eles terão de se apresentar todos os dias na prisão de Thiès. Um advogado cristão senegalês foi nomeado pela ANAJURE para o caso. O Dr. Sylva Brice Magna, vai acompanhar o processo no país africano em trabalho conjunto com o Dr. Mbaye Dieng e os demais advogados.
“Os próximos passos na atuação da ANAJURE em favor dos missionários são o acompanhamento processual, a instrução do processo com provas da inocência e a regulamentação e assistência jurídica completa ao Projeto Obadias”, informou a assessoria de imprensa da instituição.
A denúncia começou com um pai de uma das crianças envolvidas no projeto missionário de José Dilson e Zeneide. A acusação afirma que supostamente seu filho estaria abrigado sem autorização e aprendendo princípios cristãos, ao invés de islâmicos. Com prisão temporária decretada em novembro de 2012, as autoridades do Senegal já haviam negado o pedido de habeas corpus, alegando que eles poderiam fugir do país e ser ameaça à ordem pública.
José Dilson, membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, é missionário há mais de 20 anos no continente africano e nunca teve problemas com a justiça local. O trabalho missionário juntamente com a Zeneide é mantido no país por organizações missionárias brasileiras.
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