sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Vitor Belfort, lutador evangélico de vale-tudo, afirma ter sido curado milagrosamente de hepatite

“Você acredita em milagres?” Esta foi a pergunta feita por Vitor Belfort durante sua teleconferência com a imprensa brasileira, na última segunda-feira, antes de sua luta contra o japonês Yoshihiro Akiyama no co-evento principal do UFC 133, que acontece neste sábado, na Filadélfia – o canal Combate transmite ao vivo a partir das 21h (horário de Brasília). O carioca vai precisar quase de um ato divino para entrar no octógono: na segunda, precisava perder 25 libras, ou 11,3kg, para chegar ao peso necessário para se qualificar ao combate como peso médio – a pesagem acontece na véspera da luta. Nada que preocupe o brasileiro, que credita sua fé pela cura de uma hepatite A contraída em abril, no início de sua preparação.
Perder muitos quilos na semana de uma luta não é novidade para Belfort, que é um dos atletas que seguem a famosa “Dolce Diet”, dieta idealizada pelo lutador e nutricionista Mike Dolce e que ajudou lutadores como Thiago Alves, Chael Sonnen e Quinton “Rampage” Jackson a alcançarem o peso às vésperas de seus combates. Lidar com a hepatite A, doença infecciosa aguda que produz inflamação e necrose no fígado, por sua vez, era novidade. A doença é a menos perigosa dentre os diversos tipos de hepatite, mas foi suficiente para deixar o carioca de cama, reclamando através do Twitter por sofrer com fortes dores.
Uma semana depois de anunciar o diagnóstico, entretanto, Belfort voltou às redes sociais para declarar que estava curado e de volta aos treinos, sem nenhum tratamento especial.
- Logo que fui diagnosticado, comecei a orar. Geralmente, o vírus fica no seu corpo por dois meses, e comigo ficou só uma semana. Então acredito que foi um milagre – disse o ex-campeão dos meio-pesados do UFC, sem tom de ironia em sua voz.
Desde que perdeu a irmã em 2004, Belfort se tornou um cristão dos mais devotos. Sempre cita Jesus Cristo em suas entrevistas e redes sociais. Recentemente, pediu no Twitter que as escolas tivessem mais orações.
- Eu vivo o cristianismo, o amor e o perdão. Me dedico ao amor aos meus filhos e família e a defender meus valores e princípios. Procuro viver da maneira que prego – afirmou.
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O faixa preta em jiu-jítsu pediu aos fãs que rezassem para que ele alcançasse o peso para a luta contra Akiyama. No combate, sua fé lhe deixa confortável para encarar o japonês, faixa preta de judô, “em qualquer área”, seja no chão ou de pé. Uma vitória pode colocá-lo de volta na fila para disputar o cinturão da categoria médio, após ser derrotado pelo atual campeão Anderson Silva no UFC 126, em fevereiro. Sofrer novo revés nem passa por sua cabeça.
- Não procuro nenhum pensamento que não traga positividade. Luto sempre com uma lembrança positiva, me cerco de família e amigos. Afasto qualquer coisa que não atraia positividade. A vitória é consequência de vários fatores. Estou focado em usar minhas mãos rápidas e meu jogo. Eu me preparei para uma luta intensa e dura, que vai terminar seja por nocaute ou finalização. Depende de como a luta acontecer – contou Belfort.

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