Para acelerar esse processo foi lançada em 2008 a campanha do Último Idioma, que deve custar US$ 1 bilhão de dólares para poder alcançar todas as línguas onde ela inda é inédita. Os recursos para esse projeto são captados pela Aliança Global Wycliffe, , entidade internacional de tradução da Bíblia que congrega mais de 100 organizações em todo o mundo.
Nos últimos três anos ficou claro para os organizadores do projeto que a tradução da Bíblia para todos os idiomas do mundo não é uma missão impossível. “Estamos no nosso melhor ano de todos em número de traduções já iniciadas”, garante Paul Edwards, diretor executivo da campanha.
Edwards credita o avanço às modernas tecnologias e a novas abordagens para a tradução da Bíblia, mesmo que para idiomas que não possuem forma escrita – as chamadas línguas ágrafas, como as faladas pelos indígenas brasileiros.
Hoje muitos softwares de última geração permitem que os tradutores consigam analisar com precisão as particularidades de cada idioma, facilitando o trabalho de elaboração escrita.
Em 1999, a própria Wycliffe fez uma estimativa segundo a qual seriam necessários cerca de 150 anos até que a última tradução fosse iniciada. Apenas dez anos depois, quinhentas traduções já estavam em andamento, a um ritmo médio de setenta e cinco novos idiomas por ano.
Preocupação com as culturas
Além de levar a Palavra de Deus para as línguas de todos os povos, a Campanha do Último Idioma tem a preocupação de levar projetos de saúde e desenvolvimento comunitário para povos que vivem isolados.
Mas ao contrário do que foi feito em muitos lugares do mundo, a Wycliffe tem desenvolvido treinamentos de equipes multidisciplinadores que vão levar a Bíblia e projetos assistenciais sem interferir na vida e na cultura desses povos. O objetivo é oferecer ferramentas para que cada indivíduo, seja em qual cultura for, possa conscientemente fazer sua escolha pessoal em relação ao Evangelho, sem abrir mão do próprio modo de vida.
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