quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Mulher que pulou do 12º andar para fugir de incêndio conta como sobreviveu: “Fechei os olhos e pensei em Deus”

Mulher que pulou do 12º andar para fugir de incêndio conta como sobreviveu: “Fechei os olhos e pensei em Deus” Muniki Dias Goulart, de 25 anos, que sobreviveu à queda do 12º andar de um prédio em chamas, no Setor Oeste, em Goiânia, no dia 29 de setembro, conversou com a TV Anhanguera e deu detalhes do drama que viveu junto com a família. Ela contou que no momento da queda pensou em Deus. “Quando caí lá de cima eu fechei os olhos e pensei em Deus. E a minha mãe também disse: ‘Deus te proteja minha filha’. Em nenhum momento eu desmaiei. Eu estava com o pensamento em Deus e ele está mostrando para todo mundo que ele existe”, afirma.
A moça, que está morando na casa dos avós, contou que o desespero foi grande e que na hora não teve como pensar de forma racional: “Você só quer socorro, só isso. Parece que a fumaça entra em você e vai te apagando. Você não pensa, só quer sair dali. Então, a gente fica procurando o ar e eu fui de uma vez. Não tem como pensar em nada. Você vai.”
Muniki conta sobre os últimos momentos que viveu com o pai: “Ele estava me procurando, andando de um lado para o outro. Daí, ele me deu um beijo na boca e falou graças a Deus, respirou e entrou na ambulância. Essas são as últimas lembranças que eu tenho do meu pai.”
E lamenta a morte do pai e do esposo: “Eu perdi o amor da minha vida, meu companheiro. Era uma pessoa maravilhosa. Só Deus para tirar essa dor, esse aperto. Dá uma saudade. Meu pai também eu amo demais. Ele foi um herói de voltar lá. É saudade demais”, desabafa.

Tragédia

O Corpo de Bombeiros suspeita que uma churrasqueira elétrica que foi esquecida ligada tenha causado o incêndio. No momento, quatro pessoas estavam no apartamento. O marido de Muniki Dias, Eduardo Oliveira, foi o primeiro a pular do prédio e morreu na hora. Muniki pulou em seguida e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros. A jovem fraturou a costela e a região do quadril e sofreu queimaduras nos pés e mãos. O pai dela foi salvo pela vizinha, que o puxou pela janela da cozinha, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 10 de outubro. A mãe de Muniki, Kátia Dias Goulart, foi salva pelo Corpo de Bombeiros e recebeu alta no dia 11 de outubro.

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