quarta-feira, 6 de março de 2013

Governo de Israel pretende usar interesse de evangélicos do Brasil por locais sagrados como arma política contra a Palestina

Governo de Israel pretende usar interesse de evangélicos do Brasil por locais sagrados como arma política contra a Palestina
A peregrinação de cristãos evangélicos do Brasil e de outros países do hemisfério sul a Israel tem sido visto pelo governo do país não apenas como bons negócios no âmbito do turismo, mas também como arma política para defender territórios que são pleiteados por palestinos.
As caravanas por Jerusalém e cidades por onde Jesus passou, além dos batismos no rio Jordão, levam turistas e podem ser usadas como forma de conquistar apoio dos países de maioria cristã na disputa política pelos territórios.
“Ter vocês aqui é o melhor ataque e defesa que poderíamos ter”, disse o prefeito de Jerusalém Nir Barkat durante um evento anual de encontro com aliados cristãos. “Aproveitem a cidade de Jerusalém, e voltem para casa como embaixadores fortes do Estado de Israel e da cidade de Jerusalém”, pediu o político, segundo informações do CS Monitor.
A disputa por territórios e a luta da Autoridade Palestina para que o povo e sua organização sejam reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) como um Estado, assim como Israel, tem feito os governantes do país buscarem alternativas em sua defesa.
O interesse do governo israelense é conquistar apoio de países como o Brasil e a Nigéria, que tradicionalmente não apoiam a postura de Israel no embate contra os palestinos. “Há uma nova dinâmica local se formando em nosso mundo, onde partidários cristãos estão crescendo de forma dramática, e que estão de pé com a nação de Israel como nunca antes”, disse Jürgen Bühler, diretor-executivo da Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém. A entidade possui outras 80 filiais em todo o mundo.
Segundo Bühler, a movimentação política do governo israelense “simboliza, encapsula, este movimento dinâmico que está ocorrendo, para que uma nova geração do cristianismo escolham ficar com a nação de Israel, não importa o que aconteça”.

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