A Igreja Assembleia de Deus Central de Teerã já passou o recado aos seus fiéis dizendo que é necessário fornecer os dados pedidos para as autoridades.
De acordo com um cristão iraniano, Monsour Borji, essa atitude pode impedir que as igrejas tenham novos membros. “Esse posicionamento do governo é basicamente para impedir que a igreja tenha novos membros e para tornar mais difícil e arriscado, ainda, para os não-cristãos a participação em qualquer atividade cristã”, disse ele.
Os membros estão com medo e possuem um motivo para isso: quem aceitar entregar seus números de identificação pode passar a ser controlado pelo governo tendo que negar a cristo.
“Há muito tempo as igrejas são vigiadas, mas esta nova exigência é outro sinal de que eles estão procurando controlar e limitar os muçulmanos do contato com as igrejas”, disse um especialista na região, que não quis ser identificado.
O governo do Irã tem tomado diversas medidas para impedir o crescimento de cristãos no país, em fevereiro duas igrejas oficiais foram impedidas de continuar a ministrando em persa, mas nem mesmo essa medida conteve a conversão de diversos muçulmanos.
“A ideia de uma igreja cultuar a Deus em persa é uma grande ameaça a um regime que exige monopólio religioso”, disse Borji que explicou que para o governo iraniano o cristianismo é considerado como inimigo do Estado e os cristãos são ditos como espiões do Ocidente que tem como objetivo destruir a República islâmica.
Borji diz que a situação dos cristãos é crítica e que os líderes estão sob vigilância constante e os membros são chamados para interrogatórios ocasionalmente. Fora isso as autoridades restringem a publicação de materiais cristãos, incluindo Bíblias.
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