A professora de História Roseli Tadeu Tavares Santana e a direção da Escola Estadual Antônio Caputo, no Riacho Grande, em São Bernardo, receberam do Mistério Público um prazo de 15 dias para que expliquem o uso feito pela professora de parte da aula para orar com os alunos.
A prática adotada por Roseli, que é evangélica, teria incentivado atos de bullying contra um estudante de 15 anos, adepto do candomblé.
Os pais do garoto, sacerdotes da religião afro-brasileira, e a Afecab (Associação Federativa da Cultura e Cultos Afro-Brasileiros), pedem o afastamento da professora e criticam a demora do Estado em dar resposta definitiva à questão.
Com isso o promotor Jairo Edward de Luca, da Vara da Infância e Juventude da cidade, estipulou que as partes terão de esclarecer quais são os recursos pedagógicos aplicados por Roseli, o que inclui apresentação do material didático usado pela professora. O promotor afirmou ainda que não pedirá punição administrativa nem abrirá inquérito policial enquanto a Secretaria da Educação do Estado não concluir sua própria apuração do caso.
“Aqui (no Grande ABC) eles ficam na defensiva o tempo inteiro, tentando justificar o ato dela como se fosse parte de proposta de ensino”, disse Maria Emília Campi, líder da Afecab, que pretende entrar com representação contra Roseli e os coordenadores da escola.
Segundo o Jornal do ABC, o pai do garoto também se mostrou revoltado com a situação e afirmou: “Minha bronca não é nem com a escola, mas sim com a secretaria. Eles precisavam dar resposta imediata. Vou ter que procurar direto o governador e a presidente”.
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