O ex-PM Florisvaldo de Oliveira,
condenado a 117 anos de prisão e com mais de 50 assassinatos, saiu da
penitenciária na tarde desta quinta-feira, e afirmou que vai fazer a
“obra de Deus” de agora em diante, segundo relatou a Folha de S.P.
"Sou pastor evangélico. Minha família é
evangélica. Deus me preparou nesses 20 anos exatamente para isso", disse
ele à publicação.
Bruno pretende virar pastor e atuar ao
lado de sua esposa, a também pastora evangélica e cantora gospel, Dayse
da Silva Oliveira. Dayse está no momento afastada das reuniões de sua
igreja, a Igreja Pentecostal Refúgio em Cristo, na vizinha Taubaté, para
evitar o assédio da imprensa e curiosos.
Bruno foi acusado de cometer o homicídio
de mais de 50 pessoas na zona sul de São Paulo, nos anos 1980. Ele
conseguiu a liberdade a partir de um decreto da presidente Dilma
Rousseff, que perdoa os presos que tenham tido comportamento exemplar na
cadeia por 20 anos ininterruptos. Cabo Bruno teria fugido da cadeia por
três vezes até 1991, mas depois disso não cometeu nenhuma falta
indisciplinar.
Com uma renda não suficiente a princípio
como pastor, Bruno informou que poderia fazer trabalho como artista
plástico e planeja também fazer um curso profissionalizante “para o caso
de emergência”.
“Embora eu tenha uma idade já meio avançada, Deus me deu saúde, sabedoria, uma mente boa, preservou minha mente", afirmou.
Livre, Bruno afirma que ficou com trauma
da imprensa e prefere não mostrar o rosto. “Quanto mais eu puder evitar
[ser exposto] é melhor”, afirmou.
Hoje, Bruno é querido pastor pelos colegas na prisão, de fala mansa e, segundo Deyse, “é um homem transformado”.
Bruno saiu de maneira discreta da
penitenciária, escondido no banco de trás de um carro da Funap (Fundação
de Amparo ao Preso), driblando os jornalistas.
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