Traduzindo: PERSEGUIÇÃO CONTRA CRISTÃOS Isso não é algo que aconteceu nos livros de História, envolvendo leões no Coliseu. Isso ainda acontece todos os dias |
É comum se pensar que o Cristianismo moderno é algo permeado de
facilidades, tornando alvo de muitas críticas por crenças contrárias
(talvez de forma acertada, em alguns casos). Utilizar de boa retórica
para criticar os erros dessa crença pode ser algo saudável em um debate,
mas até que ponto devemos ignorar as diversas perseguições ocorridas no
mundo? No Brasil, por exemplo, se implode o cristianismo através de
pilantras travestidos de líderes religiosos, por ser um caminho de fácil
manipulação de massas mas: e nos locais, onde o que resta é apenas a
crença simples e profunda no Salvador?
O cristianismo pode ter se tornado uma das religiões predominantes
do mundo, mas há ainda muitos lugares onde cristãos são perseguidos,
espoliados, torturados e até mortos por sua fé. Muitas vezes isso ocorre
como parte da política governamental ou religiosa. Meios de comunicação
ocidental freqüentemente distorcem e miniminizam as informações sobre
estes incidentes, temendo ofender sensibilidades culturais. Como
resultado, grande parte dessas notícias só podem ser obtidas na integra
em publicações seculares de direitos humanos e grupos de vigilância
religiosa.
Abaixo, uma lista dos 10 países mais perigosos para os cristãos, como classificados pelo Open Doors Watch List Mundial.
10. Laos
População: 6,4 milhões; 200.000 cristãos
Religião predominante: Budismo
Tipo de governo: Comunista
A atitude do governo local para com os cristãos é abertamente
hostil. Autoridades do Laos, juntamente com muitos da alta sociedade,
veem como uma grande ameaça ao regime comunista, principalmente os
chamados protestantes como uma ameaça americana. Igrejas cristãs não
podem operar livremente, e os cristãos são limitados à sua família e os
papéis da comunidade. Muitos são incapazes de suportar a pressão física e
emocional extrema, e acabam por abandonar sua fé.
Caso em questão: em 2010, 29 cristãos foram mortos, e pelo menos 20
foram detidos e presos sem julgamento, enquanto várias igrejas foram
destruídas. Em janeiro daquele mesmo ano, 11 famílias cristãs em
Saravan, província do país, foram expulsas de suas aldeias, lançados
para a floresta, depois de se recusar a negar sua fé.
9. Uzbekistão
População: 27,5 milhões; 208.600 cristãos
Religião predominante: Islâmica
Tipo de governo: Republicano
A pressão sobre os cristãos locais aumentou no ano passado. O
número de ataques em igrejas se intensificaram , e multas por atividades
religiosas ilegais agora ultrapassam em 100 vezes o salário mínimo
mensal. Condenações de curto prazo (3-15 dias) são frequentemente
aplicadas como punição para atividades religiosas cristãs, e com 27
anos, o missionário batista Tohar Haydarov foi condenado a dez anos de
prisão por acusações forjadas (provável) de drogas. O recurso está sendo
preparado para sua libertação.
Muitas igrejas perderam seu registo e alguns de seus edifícios em
2010 também. Novos convertidos também sofrem perda de
emprego,espancamentos, rejeição social e muitas vezes a expulsão da casa
da família.
8. Iraque
População: 30,7 milhões; 334.000 cristãos
religião predominante: Islâmica
Tipo de governo: democracia parlamentarista
Não se deixe enganar com todos os soldados norte-americanos no
local: a violência contra cristãos no Iraque está em ascensão, com
grande número de mortos e feridos. Dos assassinatos, destaca-se os
cristãos em Mosul, perseguidos durante as eleição de março de 2010,
levando muitos cristãos a fugir de suas aldeias e se estabelecer nas
planícies de Nínive. Temores de um “gueto cristão ‘em Bagdá nasceram
naquele dia. Papa Bento XVI ainda fez um apelo para a segurança dos
cristãos iraquianos durante este tempo.
Ataques a igrejas e instituições cristãs também aumentaram na
segunda metade de 2010, e pelo menos 58 cristãos foram mortos em um
ataque a bomba em uma igreja de Bagdá durante uma missa vespertina, em outubro do mesmo ano.
7. Iemen
População: 23,6 milhões; pouquíssimos cristãos
religião predominante: Islâmica;
Tipo de governo: República
A religião oficial do Iêmen é o Islã, e a sharia, a lei ismâmica, é
fonte de todas as questões jurídicas. Os estrangeiros têm liberdade
religiosa limitada, e a evangelização de qualquer espécie é estritamente
proibida. Caso em questão: vários trabalhadores estrangeiros foram
deportados, em 2010, por esplanar sobre com curiosidades do cristianismo
quando muçulmanos indagaram a respeito.
Além disso, os iemenitas não têm permissão para deixar o islã, e
aqueles que se convertem ao cristianismo enfrentam perseguição de
familiares, autoridades e grupos extremistas. Pior, recentemente
movimentos terroristas e separatistas fazem do Iêmen um lugar muito
instável. Um membro da Christian Aid, Johannes Hentschel, sua esposa
Sabine e seus filhos Lydia, Anna e Simon, juntamente com o engenheiro
britânico casado Anthony Saunders estavam entre os nove estrangeiros
sequestrados no Iêmen, na província norte-ocidental de Saada.
No ano passado, Anna e Lydia (3 e 5 anos, respectivamente) foram
resgatadas pelas forças de segurança da vizinha Arábia Saudita. Mas os
sauditas também encontraram os corpos de três cristãos seqüestrados, as
estudantes alemãs da Bíblia:
Rita Stumpp, Anita Gruenwald, e professor sul-coreano, Eom Young Sun.
Forças alemãs e britânicos, desde então, interrromperam suas buscas
atrás de outros reféns.
6. Maldivas
População: 311.000; pouquíssimos cristãos
Religião predominante: Islamismo
Tipo de governo: República
Todo cidadão nascido nessa ilha é tido por muçulmano, e a Sharia é a
única lei conhecida, assim como não existe outra religião reconhecida
fora do Islam. Igrejas são estritamente vetadas, e a divulgação mínima
da literatura cristã no país totalmente proibida.
Em 2010, após descobrirem bíblias em poder de turistas, o governo
regulamentou uma série de regulamentações proibitivas contra práticas
religiosas alheias às praticadas na região. Os poucos crentes locais
foram isolados dos outros cidadãos, e são monitorados por forças
federais, autoridades religiosas e até, pessoal local.
5. Somalia
População: 9,1 milhões, pouquíssimos cristãos.
religião predominante: Islâmica
Tipo de governo: gentilmente descrito com “em transição”
Somalia é um “país” sem um governo centralizado desde 1991, e não é
um lugar perigoso apenas para cristãos, embora para esses, tenha-se que
seja duplamente perigoso.
Foi registrado que 50 cristãos foram assassinados em 2009, por
islamitas insurgentes da Al-Shabaab (matando mais 8 em 2010). Imagina-se
que esses numeros sejam menos de um quarto da realidade, já que esses
crentes são mantidos isolados em campos. Os poucos remanscentes dessa fé
cristã praticam sua fé secretamente, já que existe como prática a
execução dos mesmos diante de seus filhos, como o que aconteceu
com Osman Abdullah Fataho, recém convertido ao cristianismo.
Al-Shabaab tem tomado controle do sul da Somália, e tem aplicado
o flagelo cristão como propaganda positiva em sua tentativa de controle
governamental. De qualquer forma, indicativos recentes indicam que esse
grupo vem perdendo apoio popular.
4. Arabia Saudita
População: 25,7 milhões, 565,400 cristãos
Religião predominante: Islâmica
Tipo de Governo: Monarquia
Embora os numeros mostrem algo – aparentemente - positivo, não
existe liberdade religiosa no reino árabe. Demonstrações públicas
não-islâmicas são terminantemente proibidas, e apologias ao Cristianismo
– tidas como apostasia – são puníveis com a morte. Muitos cristãos
estrangeiros são monitorados em seus trabalhos, tendo permissão vigiada
para cultuar seu Deus, mas de forma restrita, e não com pouca
dificuldade.
Um exemplo recente, Outubro de 2010, foi quando 20 filipinos
cristãos e um padre foram presos quando faziam um culto doméstico. Foram
formalmente acusados de “blasfemar contra o Islam” e cordialmente
banidos do país (deportações silenciosas é a mais nova tática da
política religiosa - evitando assim, os alardes da mídia mundial,
quando ocorrem as prisões e condenações marciais).
O fato é que cristãos sauditas temem por suas familias, e por isso,
evitam expor sua crença abertamente, já que relatos informam sobre a
existência de agressões físicas aplicadas por conta da fé cristã, em
2010.
3. Afeganistão
População: 28,1 milhões; pouquíssimos cristãos.
Religião predominante: Islamismo
Tipo de governo: República islâmica
Ser abertamente cristão no Afeganistão é viver sobre pressão com
família, sociedade e agentes governamentais. É comum que os crentes
locais tenham suas carreiras podadas, e nunca deixem que encontros
religiosos sejam conhecidos publicamente. Recentemente, o
vice-secretário do Parlamento sugeriu a execução de cristãos
convertidos, depois de ver o batismo de cristãos afegãos em uma
televisão afegã (correção: A única emissora afegã).
O resultado de tal declaração foi a que muitos cristãos passaram a
se esconder e, em agosto de 2010, o Talibã matou a tiros dez membros de
uma equipe médica cristã que fornecia tratamento ocular e outros profissionais de saúde em vilas remotas do norte do Afeganistão.
2. Irã
População: 74,2 milhões; 450,000 cristãos
Religião predominante: Islamismo
Tipo de Governo: República islâmica
Houve um aumento acentuado de cristãos presos no Irã em 2010. Embora alguns tenham sido liberados mais tarde, a pressão sobre a igreja
cristã continua muito elevada. Muitos dos quase meio milhão de
convertidos são de origem muçulmana, e vivem com medo de represálias
por parte do governo.
O regime ainda mostra sinais de perigo, já que perdeu uma grande
dose de credibilidade após a convulsão social das eleições de 2009, e
manifestações posteriores. Em um esforço transparente para desviar a
atenção de contínuos protestos, o governo iraniano simplesmente agrediu a
parcela cristã, com aberta animosidade.
1. Coreia do Norte
População: 20 milhões; 400.000 cristãos
Religião predominante: Ateísmo
Tipo de regime: Dinastia comunista ditatorial
Religião predominante: Ateísmo
Tipo de regime: Dinastia comunista ditatorial
Ironicamente, o país mais perigoso para um cristão é onde não se
acredita na existência de Deus. Usa-se uma “energia” gigantesca, por
parte do governo, em reprimir a crença em algo que, supostamente, não
existe.
Não há conhecimento equivalente à perseguição norte-coreana
infringida aos cristãos, considerado pelo governo local como um dos
piores crimes possíveis. O dogma comunista norte-coreano considera a
máxima citada por Marx “A religião é o ópio do povo”, a não ser, é
claro, que a religião seja culto à personalidade do “Grande Líder” Kim
Il Sungou, e seu filho, “Querido Líder” Kim Jong Il.
Crentes norte-coreanos, por razões óbvias, escondem sua fé o tempo
todo, e não repassam sua crença a seus filhos até que tenham idade
suficiente para compreender os perigos( e ter certeza que eles não
tornem um deles). Para ser executado ou deportado para um Gulag (campo
de trabalhos forçados), basta apenas ser possuidor de uma bíblia.
Em 2010, centenas de cristãos foram presos: alguns foram executados
em praça pública, outros sentenciados aos Gulags. Ironicamente, e
apesar dos riscos, a crença cristã cresce: é estimado que 400.000
crentes cultuem Cristo, ocultamente, nas ruínas subterrâneas de prédios
abandonados.
Tradução adaptada por Zé Luís.
Versão original pode ser vista aqui.
Fonte: Genizah
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