quarta-feira, 20 de junho de 2012
Cristãos da Índia falam sobre mudança de vida proporcionada por trabalho missionário do Portas Abertas
Há cerca de dois anos, comunidades cristãs dos vilarejos de Badabanga e Bandabaju, montanhas de Kandhamal, no estado de Orissa, na Índia, estavam desabrigadas desde que extremistas hindus irromperam em violência em agosto de 2008, matando 120 cristãos, destruindo centenas de igrejas e derrubando 6 mil casas na região. Cerca de 52 mil cristãos ficaram desalojados em Orissa.
Expulsos de seus vilarejos, os cristãos sobreviventes foram avisados que somente teriam permissão para voltar se renunciassem sua fé em Cristo. Decididos a não abandonar sua fá, esses cristãos sem terra não tiveram nenhuma fonte de renda. Os negociantes hindus não os empregavam mais como diaristas para cortar pedras. As mulheres foram banidas das florestas, onde sempre tinham estado, juntando folhas para fazer pratos de folhas e vendê-los. Pais temerosos não ousavam mais enviar seus filhos para a escola, onde eram firmemente discriminados pelos colegas hindus.
“Eles precisavam ser capacitados, não alimentados, de forma a recuperar sua dignidade e sua vida”, explicou um obreiro de campo da Portas Abertas, sobre o trabalho que foi iniciado na região. A entidade começou há dois anos, um trabalho de estudo bíblico e uma série de atividades voltadas para o desenvolvimento urgente e necessário da comunidade local, onde a maioria dos adultos não sabia sequer ler e escrever.
Com o tempo, o trabalho foi estendido também entre as crianças hindus, que chegaram a superar as cristãs em números entre os que se juntavam para ouvir histórias do Evangelho e mensagens cristãs em um ambiente positivo.
Hoje, os cristãos da região falam sobre a mudança de vida causada pelo trabalho missionário do local e mostram suas esperanças em ter uma vida ainda melhor.
Balma Digal, uma viúva com três filhos e uma sogra de 70 anos para cuidar, conta hoje sobre os resultados dos trabalhos do Portas abertas no local: “Estava além de minha imaginação que eu pudesse ter uma bela casa para minha família”.
Através de várias iniciativas de Portas Abertas, Balma aprendeu a ler e a escrever, seus filhos entraram na escola-ponte para continuar seus estudos e, agora, tem sua própria casa.
“Eu creio que um dia, nosso vilarejo será definitivamente um modelo para os outros!”, disse Sunil Nayak, de Bandabaju. Após perder tudo e lutar para sobreviver, ele e sua família tinham vivido sob uma cobertura de plástico. “Durante o verão, sentíamos o calor escaldante nos fazendo derreter. Na estação das chuvas, a água jorrava para dentro e, algumas vezes, o vento levava nosso abrigo para longe. No inverno, nós tremíamos enquanto dormíamos no chão. Mas agora minha família pode permanecer junta e ser protegida do calor, da chuva e do frio. É difícil acreditar que tenho minha própria casa! Agradeço a Deus por enviar a Portas Abertas para o meu vilarejo”.
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