Ehud
Barak, ministro da Defesa de Israel, sugeriu ontem que Israel
considerasse a possibilidade de sair da Cisjordânia (Judeia e Samaria)
se as negociações de paz com os palestinos fracassarem. Para ele, Israel
já chegou a um estágio em que se não houver avanços, o país “se chocará
contra um muro e pagará um preço”.
O ministro apoia a reativação das negociações de paz, já que o
governo atual alcançou uma grande coalizão (94 dos 120 deputados do
parlamento israelense), liderada pelo primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu.
O porta-voz da Autoridade Palestina, Nabil Abu Rudeina, mostrou-se
contrário a qualquer medida unilateral – ou seja, sem negociações com a
outra parte envolvida – israelense que se encaminhe para o
reconhecimento de um Estado palestino com fronteiras temporárias e que
só inclua a Cisjordânia.
Abu Rudeina também deixou claro que o compromisso dos palestinos é
“com a solução justa e completa de um Estado nas fronteiras de 1967 com
Jerusalém oriental como sua capital”, pois destacou, “sem Jerusalém não
se aceitará nada”.
“Se não for possível alcançar um acordo de paz permanente com os
palestinos, devemos levar em consideração um acordo provisório ou até
mesmo uma atitude unilateral”, frisou o ministro Ehud Barak.
As negociações estão estagnadas desde 2010, quando Israel se negou a
frear a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia. Os
palestinos exigem que seja cumprido uma série de determinações,
incluindo a criação de um Estado palestino tendo como marco as
fronteiras anteriores a 1967. Israel considera isso como pauta da
própria negociação, não como pré-condição para as negociações.
A Autoridade Palestina, depois da negativa israelense, ainda buscou o
reconhecimento de seu Estado na ONU de maneira unilateral – sem
negociações com a outra parte envolvida, no caso, Israel.
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